Há um limite a partir do qual as artimanhas retóricas, meias verdades e absurdos desvirtuam o debate, inviabilizando o predomínio da verdade Manifestações, propaganda e propostas políticas obviamente deveriam ser baseadas em evidências e análises consistentes, mas faz parte do jogo puxar a brasa para a própria sardinha, ressaltando aspectos convenientes e ignorando os poréns. Em condições normais, portanto, é inevitável a sensação de que a disputa política é praticada com certa dose de “desonestidade”. Há, no entanto, um limite a partir do qual as artimanhas retóricas, meias verdades e absurdos desvirtuam o debate, inviabilizando o predomínio da verdade. Infelizmente não temos em português um sinônimo perfeito para a expressão “bullshit”, uma das mais úteis do vocabulário inglês. O termo, que se refere literalmente aos excrementos bovinos, é imbatível na caracterização de opiniões fraudulentas tão comuns em época de eleições. Sem dúvida nasceu como gíria vulgar, mas teve o status elev