É bem compreensível, mais em termos emocionais do que racionais, que o enorme esforço humano para vencer a pandemia do coronavírus Covid-19, evento dramático em escala planetária e jamais vivenciado por quem nasceu a partir do final da II Guerra Mundial, faça com que governos e sociedades coloquem em segundo plano tudo aquilo que não é considerado essencial para a vitória sobre a doença, sobretudo quando se sabe que os recursos são insuficientes até mesmo em países ricos. Neste sentido, como exemplo, o adiamento do Censo para 2021, já decidido, pode ser justificável, conquanto acarrete sensível prejuízo para compreensão e tomada de decisões importantes em políticas governamentais e para a própria atividade econômica privada. Afinal de contas, a economia do país, que vinha retomando o crescimento em ritmo muito lento, agora, provavelmente, se encontra em acentuada curva decrescente e, seguramente, isto abalará não só a economia como um todo, mas igualmente a arrecadação do governo, d